Dana Jean Phoenix: o coração no Synthwave
Se você já se sentiu transportado para um universo paralelo ao ouvir sintetizadores cintilantes e batidas nostálgicas, então há grandes chances de ter topado com a voz de Dana Jean Phoenix.
Direto de Toronto, ela é uma das artistas mais queridas da cena synthwave, misturando talento, simpatia e uma paixão contagiante pela estética dos anos 80.
Por Fábio César

Dana Jean Phoenix: a Heroína de Cores Synthwave
Se há uma área em que o Synthwave e suas ramificações têm um mérito indiscutível é em revelar cantoras talentosas! NINA, Lauren Mayberry, Camille Glemet, Hayley Stewart (Mecha Maiko), Yota, Michelle Joy (Cannons), Madeline Goldstein, Alison Goldfrapp, Bronwyn Griffin, Iiris Vesik, Holly Dodson e Dana Jean Phoenix são algumas dessas intérpretes que dominam a arte do cantar com emoção e sensibilidade. Sem dúvida, todas elas poderiam integrar um panteão ao lado das divas dos anos 80!
E quando se trata de Dana Jean Phoenix, você simplesmente não se cansa de ouvi-la – e nem de olhar para ela! Todo o seu visual e carisma traz à mente as heroínas de filmes de ação da década de 80. E isso não é só uma impressão nossa, não! Numa entrevista ao Electricityclub, em 2021, ela própria afirmou que “Tocar com o meu keytar, o Jareth, é o máximo. Quando toco o keytar, parece que estou vestindo uma capa de super-herói – um outro lado meu emerge, principalmente durante um momento solo”.
Pois é, no palco, a moça incorpora, mais de um milhão de vezes, toda essa energia necessária para se fazer música retrô com o coração! E, claro, Dana é muito ajudada pela voz cristalina e sensual (sem precisar forçar para isso) que possui. Além disso, a habilidade instrumental no tal do keytar (aquele teclado que se pendura no ombro, como se fosse uma guitarra) casa perfeitamente com a proposta de transmitir eloquentemente a vivacidade dos anos 80.
Empolgação no Mundo dos Synths
Todo esse cabedal força-nos, portanto, a ver nela uma artista que se comprometeu de corpo e alma com o Movimento Retrowave. Note que Dana é alguém que optou por trabalhar em parcerias de longo alcance. E assim, Timecop1983, At 1980, Powernerd e Sunglasses Kid são alguns dos figurões que já a recrutaram para projetos conjuntos.
Ora, para tal tarefa, é necessário ter muita versatilidade – e daí, conhecimento. Ou seja, conhecimento conceitual, conhecimento musical e conhecimento vocal. Afinal, é preciso distinguir entre os diferentes gêneros de música, saber o que significam ou de que assuntos que tratam. E então, bolar um jeito de cantar em consonância com o que se espera, para lograr uma interpretação adequada, que também possa contribuir para a arte vocal do estilo.
Ora, você pode comprovar como esse conjunto de requisitos é satisfeito por Dana escutando as inúmeras collabs que ela fez e continua a fazer com os mais diversos expoentes da cena retrowave. Claro que isso deixa a porta aberta a questionamentos sobre qual seria o gênero musical em que ela se enquadra. Porém, eu creio que devemos respeitar a decisão pessoal de Dana em optar por um leque estilístico tão amplo. Voltando àquela entrevista, é como ela mesma define o seu trabalho, aliás:
“É sobre aquela vibração e empolgação que você sente ao interagir com alguém em uma frequência semelhante. E também, sobre como a tecnologia nos permite conectar com pessoas com quem nunca tivemos a oportunidade de fazer assim anteriormente. A cena synthwave em geral é um ótimo exemplo de pessoas com ideias semelhantes se unindo por causa da tecnologia”.
Trajetória na Estrada Retrô
Dana começou sua trajetória artística no teatro musical, estudando em um programa dedicado do Sheridan College. Além disso, participava intensamente de noites de microfone aberto em Toronto, quando aproveitava para ganhar experiência. “Eu ficava lá por horas, só para ter uma chance de aparecer no palco”, conta. Foi durante esse período que ela descobriu o synthwave, após assistir ao filme Drive, aliás.
Dessa forma, Dana Jean Phoenix não apenas recorda o passado; ela o TRANSFORMA em algo presente, conectando gerações através de sons que evocam memórias e emoções universais. Mas, melhor do que falar tudo isso, é mostrar – mostrar um pouquinho do trabalho dela, nos clipes a seguir.
Alguns Momentos Marcantes
Dana Jean Phoenix & Powernerd Paddy – “Figure me Out”
Dana Jean Phoenix – “Losing Your Grip”
Dana Jean Phoenix – “Get It Tonight”
Silent Gloves & Dana Jean Phoenix – “One For The Money”
Dana Jean Phoenix – “Be Alright Megamix”
——
E aí, o que achou da Dana? Deixe suas impressões nos comments. Nós gostaríamos muito de saber.
==========================
Créditos: Fotos por Hayley Stewart.
==========================
Fábio César formou-se em Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu, com pós-graduação em Direção de Arte pela Faculdade Anhanguera.