O Homem Máquina
Em “O Homem máquina”, Fábio César, filósofo e poeta, convida-nos a refletir sobre a relação entre homem e tecnologia, numa era dominada pelo ritmo frenético do progresso. Inspirado por filmes clássicos como Tempos Modernos, Blade Runner e Metrópolis, o poema ecoa temas atemporais sobre humanidade e mecanização.
Prepare-se para mergulhar em versos que evocam imagens metálicas, pulsações industriais e reflexões literárias sobre a existência humana no mundo cyberpunk.
Por Fábio César
O Homem Máquina
O estegossauro segura,
férreo, o vergalhão e o
guindasta, no prédio.
Vertigem
Voltagem,
variação …
Peso!
Agora, o raptor se volta pra trás:
de um golpe me projeta no ar …
então recua.
Fincado já no meu lugar certo
– lugar de ordem,
ordem e progresso
– u’a breve pausa.
A pulsação se acelera:
o vergalhão se estrutura no andar térreo.
Eu me encolho, infrarréptil,
já funcional.
Um cronômetro cardíaca o ritmo,
até que eu,
crotalicamente enrolado no sáurio,
suspenda as vigas necessárias.
E o relógio vai:
sáurio, peso
ordem, homem
prédio, ritmo …
Fluem
Tempos Modernos
—–
E você, prezado leitor, acredita que, em meio ao ritmo acelerado do progresso e das máquinas, ainda conseguimos nos encontrar?
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Imagem: arte criada por IA para o poema “O Homem-máquina”, de Fábio César.
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Fábio César é formado em filosofia pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Direção de Arte pela Faculdade Anhanguera.
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