New Wave: 10 Clássicos Brasileiros para a sua Playlist Retrô

Às vezes, a gente não se dá conta de que o explosivo fenômeno europeu da New Wave gerou repercussões bem interessantes no Brasil.

Pois é, a coisa andou legal por aqui, também! De fato, desde as incursões da Gang 90 & As Absurdettes, o movimento evoluiu bastante, trazendo um sopro de modernidade, com muita batida contagiante e um jeitão pop.

A seguir, você encontrará uma série de sugestões de Area Orbital que, conforme esperamos, o surpreenderá pela amplitude, abrangendo tanto gente inesquecível (como Metrô e Rita Lee), quanto nomes hoje infelizmente já não tão lembrados, mas que fazem valer a pena você investir o seu precioso tempo nesta playlist especial. Então, vamos lá?

Por Fábio César

New Wave Brasileira nos Anos 80: Um Legado Atemporal

Metrô – “Beat Acelerado” (1984)

O Metrô é o modelo pronto do synthpop brasileiro! Com efeito, a banda conseguiu juntar o andamento contagiante e a habilidade instrumental à elegância e leveza. Além disso, uma cantora charmosa completava o line-up, ademais agregando algum questionamento feminino dos restritos costumes sociais.

Blitz – “Você não soube me amar” (1982)

Com letras divertidas, mas que exigem habilidade na sua articulação expressiva, a Blitz inovou o cenário New Wave contando-nos histórias divertidas – que, paradoxalmente, levam a uma reflexão séria sobre como deveria ser o amor sincero.

Omar e Os Cianos – “Abominável Homem das Neves” (1985)

Um música pegajosa, mas bem construída, com uma letra criativa. Além disso, a desenvolta vocalista Fabiene é destaque absoluto, com sua voz aguda. Uma joia do nosso synthpop: você vai se pegar cantando o refrão o dia inteiro!

Rita Lee – “Lança-perfume” (1980)

Não há nada que iguale a Rainha do Rock Brasileiro! Com a sua voz única, sensual e cheia de sentimento, ela marcou época. Outrossim, esta música representa o momento em que a diva começou a explorar novos ares, mais dançantes, graças à incorporação da New Wave e dos últimos resquícios da Disco.

Afrodite se quiser – “O que ela tem que eu não tenho” (1987)

Polêmica, com o seu imortal desabafo no meio da faixa: “Babaca”. Quantas mulheres já não disseram isso de tantos homens … babacas, sim senhor! Enfim, muita ousadia desse glamoroso trio que deu voz ao custo do amor ferido, com um texto teatral abrindo o enfrentamento. Aliás, marca presença no trabalho o lendário guitarrista Robertinho do Recife.

Azul 29 – “Vídeo Game” (1984)

Verdadeira pérola escondida do synthpop brasileiro, com um pé no cyberpunk, o Azul 29 se destaca como o mais experimental dos grupos aqui reunidos, seja nas letras, seja no som. Infelizmente, a banda teve uma trajetória curta, deixando, contudo, um legado que merece ser redescoberto.

Gang 90 & Absurdettes – “Telefone” (1983)

A Gang 90 foi uma das bandas pioneiras da new wave no Brasil, tanto pela sua poesia urbana como pela presença de um forte line-up feminino à frente. O hit “Telefone” capta bem o jeito simplório, mas ousado do movimento.

Ritchie – “Menina Veneno” (1983)

Para todos os efeitos, “Menina Veneno” é uma das mais belas canções do pop dos anos 80!! A interpretação de Ritchie é perfeita, uma verdadeira aula de carisma! Até parece que estamos num cinema, de tão bem contada que é a história. Ademais, os sintetizadores também contribuem para a atmosfera sensual e misteriosa da poesia, especialmente no refrão.

Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens – “Fixação” (1984)

Ora dançante e descolado, ora mais cadenciado e nostálgico, com integrantes muito carismáticos; assim o Kid Abelha marcou época com a sua maneira pop e espontânea de tratar temas importantes, em particular aqueles do amor.

Degradée – “Mais que um Sonhador” (1984)

A poesia dessa música é daquelas que mexe com a nossa imaginação, por causa do seu refrão emocionante! De fato, essa faixa soube unir pop-rock e New Wave com personalidade, mantendo aquele sabor nostálgico das linhas de sintetizadores oitentistas. Embora menos conhecida, convém recordarmos aqui esta banda!

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Imagem gerada por Inteligência Artificial

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Fábio César é formado em filosofia pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Direção de Arte pela Faculdade Anhanguera.